quarta-feira, 4 de junho de 2014

O CIRURGIÃO

Os planos continuaram a serem feitos, mas agora tínhamos uma nova meta, achar um neuro-cirurgião pediátrico. Seria necessário um profissional do quadro de médicos do Hospital Moinhos de Vento (MV) ou Mãe de Deus (MD), hospitais onde a obstetra também operava, de nossa preferência também pelo renome  e que fosse credenciado do nosso plano de saúde. Começamos a procura da maneira mais burra, consultando o próprio plano, o que levou a gente a muitos nomes, mas apenas um tinha especialização pediátrica e só fazia isso no Hospital da Criança Conceição. Nesse meio tempo, surgiu um curso de preparação para pais no MD e achamos uma boa oportunidade de verificar qual médico realizava essas cirurgias habitualmente naquele hospital.

Através do curso, aprendemos mais sobre recém-nascidos, qual é a rotina de um parto, independente do tipo, como fazer a higiene e trocar as fraldas e também obtivemos a informação de que era o Dr. Luiz Felipe, o cirurgião que está cuidando da Gabriela até hoje. Com essa informação, fomos procurar o médico que nos deixou bem seguros, pois trabalhava com o plano e tinha grande credibilidade. 

A rotina, para quem ainda não participou de um parto, ou até em filmes e novelas, é a seguinte, após o parto propriamente dito, o médico leva o filho até a mãe e o pai, limpam o bebê e o pai ou até a enfermagem leva o bebê até a balança para pesar e também aproveitam para medir a altura e depois devolvem para os pais.

Voltando ao assunto principal, faltando um mês para Gabriela nascer, a secretária do cirurgião nos liga para avisar que o médico não vai poder operar a nossa filha pois ele só faz consulta pelo plano e não realiza cirurgias. A decepção e o medo do relógio ressurgia, pois uma cirurgia já era necessária nas primeiras 24 horas. O maior medo era ter que voltar a estaca zero, sendo necessário toda a estrutura, incluindo médicos, hospital e etc. por conta da porcaria do plano de saúde, não fazia parte dos nossos planos. Seria muito complicado com tão pouco tempo.

Tomamos a primeira providência, consultar um novo cirurgião, mas com este tínhamos mais um obstáculo, se Gabriela desse um susto e nascesse antes do tempo, ele não estaria em Porto Alegre e, portanto, não poderia operar. Faltando uns quinze dias para o parto, o médico nos telefona e avisa que conseguiu uma saída para receber seus honorários através de uma associação de profissionais que era cadastrada no plano de saúde e que, usando as palavras dele: "iria cuidar da Gabriela".

 Essa foi a quarta PEQUENA VITÓRIA da Gabriela.

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