sábado, 15 de novembro de 2014

BRINQUEDOS

Gabriela tem um monte de brinquedos, alguns favoritos, outros nem tanto. Brinquedos abduzidos da casa de amigos, como o Odie (personagem recorrente dos quadrinhos do Garfield) de pelúcia, outros recebidos de presente e ainda maiores que ela, seja a linda Marieta ou a Emilia, duas bonecas. E alguns ainda tem uma história particular.

Filó
Antes dela nascer, fomos ao centro comprar umas coisas para Gabriela. A Letícia ficou tão louca com uma centopéia toda colorida de pelúcia que não sossegou enquanto não trouxe ela para casa. Cabia a mim dar nome a nova moradora. O primeiro nome que me veio a cabeça foi FILOMENA, vulgo Filó. O curioso é que nunca vou saber o porquê desse nome, pois não conheço ninguém que se chame assim. Não é que Gabriela realmente se afeiçoou a Filó, a ponto de dormir todos os dias ao lado. Como ela tem o hábito de abraçar os bichos, invariavelmente eles acabam em baixo da axila dela. Como resultado disso, Filó ganhou um sobrenome, "SUVAQUENTA".


Marreco
Outro membro bem peculiar da família é um macaquinho de pelúcia que vai no analista toda a semana com crise de identidade. Para contextualizar, em 2012, estávamos em Florianópolis, quando minha esposa comprou o brinquedo para ela. Ela foi comprar um presente para outra criança e acabou levando o macaco para Gabriela. Algumas horas depois, na pousada onde estávamos hospedados, pergunta-se para a Gabriela qual vai ser o nome do macaco. Ela, sem pestanejar diz: "MACACO". A Letícia tenta explicar que o brinquedo é um macaco e que ela poderia colocar um nome diferente. A mesma resposta se repetiu mais umas duas vezes, até que ela foi convencida de que "macaco" não era um bom nome. Pois bem, aí ela solta a pérola, impossível de novamente negociar uma mudança de ideia, alegando que o nome escolhido era o nome de outro bicho, e o pior, não sabíamos de onde ela tinha tirado aquele nome. E o nome do macaco ficou Marreco. Agora vocês imaginem a crise de identidade, é marreco ou é macaco, é ave ou mamífero. Resultado: tive de levar o animal ao psicólogo.

E essa é mais uma GOSTOSA LEMBRANÇA do pai da Gabriela.

Agora

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

LEÕES

Segundo uma antiga fábula africana, os leões guerreiros não se sentiam confortáveis de receber seu berimbau de presente, instrumento que lhe conferia nobreza e respeito. Para eles, era preciso conquistar essa honraria. E mesmo depois de alcançar esse privilégio, era necessário manter uma atitude digna de tamanha distinção. 

Por outro lado, os mesmos leões guerreiros ficavam extremamente satisfeitos e lisonjeados quando seus filhos eram agraciados e tinham o direito assegurado de seguir no mesmo caminho, sendo presenteados com o berimbau pelos leões mais antigos e experientes. Era sinal de agradecimento e que o leãozinho estava seguindo os passos dos pais. Claro que também é uma responsabilidade, tanto para pais como para filhos, já que essa era uma maneira de manter a tradição e os valores que o berimbau representava.

Dentre muitas facetas na minha vida, uma delas é a de usar o leão e o berimbau como símbolos, e de honrar o "pé" do berimbau, onde o combate normalmente começa e termina, dependendo do adversário. O que eu não esperava, é a alegria que meus irmãos de capoeira me deram esse final de semana que passou, proporcionando uma alegria tão intensa quanto o sorriso da minha guerreira ao ser honrada com o leão e o berimbau. O brilho dos seus olhos e a luz dos seu sorriso, só não são maiores que os meus hoje, e só serão superados quando um dia puder realizar o sonho de jogar capoeira com a minha Gabriela.


Essa é uma GRANDE VITÓRIA do pai da Gabriela e dela também.